Olarias no Ġarb al-Andalus
Os contextos de produção de cerâmica identificados até ao momento no Ġarb al-Andalus não são muito abundantes e localizam-se sobretudo a sul do rio Tejo – Mértola (Beja), Ervidel (Beja) e Vilamoura (Faro) – com excepção Lisboa e Santarém, que ficam na margem norte do Rio. As oficinas urbanas estudadas laboraram entre o período das taifas e o almóada, produzindo principalmente cerâmica comum, pintada a branco e vidrados monocromos, como é o caso de Lisboa e Mértola. Em Santarém, para além destes tipos, documentou-se produção de corda-seca total, no período almorávida. Em Lisboa, estudos arqueométricos permitiram identificar produções de cerâmica pintada a vermelho e negro, de corda seca parcial e de estampilhada vidrada. Não foi possível determinar com precisão a faixa cronológica de actividade dos fornos escavados em ambiente rural, mas parecem ter funcionado entre o período emiral (Ervidel) e o califal (Vilamoura), produzindo cerâmica comum. Mais a norte, nos distritos de Leiria (Ansião) e Vila Real (Chaves) foram identificados alguns materiais eventualmente relacionados com a produção de cerâmica, mas sem contexto arqueológico seguro.